Por mais de 30 anos, Juarez Cardoso foi um rosto familiar nos corredores da Fundação Cultural do Pará. Aos 82 anos de idade, ele encerra sua trajetória profissional com a mesma humildade e simpatia com que começou, em 1993, quando chegou à instituição aos 50 anos de idade.
Juarez começou sua caminhada na Fundação Cultural do Pará trabalhando como auxiliar de limpeza. Depois, passou a atuar como ascensorista, operando o elevador nos tempos em que o sistema ainda não era automatizado. Com o avanço da tecnologia e a substituição do elevador manual, foi remanejado para outras funções, como o setor de guarda-volumes. “Dona Rosa (responsável pelo RH na época) aproveitou todos os ascensoristas, jogou um para cada setor, para ninguém ir para a rua”, lembra com gratidão.
A entrada de Juarez na Fundação aconteceu por meio de uma conexão familiar. “Quem me auxiliou no processo para entrar aqui na FCP foi a filha de uma patroa da minha esposa, a Paula, que trabalhava aqui na Fundação na época” explica.
Antes disso, Juarez já trabalhava para o Estado, com três anos de serviços prestados. Seu vínculo com o órgão foi sendo renovado e ajustado ao longo dos anos “Faço o meu serviço, chego no meu horário, saio no meu horário. Nunca gostei de confusão.”
Durante sua trajetória, participou de diversos eventos na Fundação, sempre com o espírito colaborativo que o caracterizava. “Tenho várias lembranças boas. Eu agradeço a todos que participaram da minha história aqui na Fundação.”
E agora, prestes a se despedir oficialmente da rotina de trabalho, o sentimento é claro: “Vou ficar com saudade. Venho visitar meus amigos sempre que puder. A gente não pode ficar só dentro de casa, tem que andar um pouco.”
Ao se aposentar, Juarez deixa mais do que uma cadeira vazia: ele deixa um exemplo de compromisso, respeito e história viva dentro da Fundação Cultural do Pará. Um funcionário querido por todos, que sai pelas portas da instituição como entrou: com dignidade e carinho por cada pessoa que encontrou pelo caminho.