Curupira, o mascote da COP 30; ao lado da Matinta Pereira; Saci Pererê; Sereia Iara e do BotoOs personagens e lendas do folclore popular são o tema de oficina de produção de bonecos de pano promovida pela Fundação Cultural do Pará (FCP), por meio do Núcleo Curro Velho, em Belém.
A oficina iniciou no último dia 18 de agosto e tem o Curupira, personagem escolhido como mascote da COP 30, como destaque. Além dele, os alunos aprendem a confeccionar a Matinta Pereira, o Saci Pererê, a sereia Iara e o Boto.
Artista Ana Sena ministrou a confecção artesanal: ″A gente trabalha com inclusão. É terapêutico também, para nós, instrutores″Ministrada pela artista Ana Sena, a oficina de confecção de bonecos é realizada há alguns anos no núcleo. O diferencial deste módulo foi a escolha do Curupira como destaque.
“A ideia de trazer o Curupira como personagem principal da oficina foi devido ao anúncio de que ele seria o mascote oficial da COP 30, escolhido para representar as florestas e a Amazônia no evento de debate climático”, explica Ana Sena.
Professora Ana Sena e alunas posam orgulhosas para a foto com suas criativas personagens do imaginário popularEla destaca que as oficinas promovidas pela FCP são importantes não apenas como aprendizado artístico, mas também como ferramenta de inclusão, bem-estar e geração de renda.
“Muitas alunas saem daqui já fazendo alguma renda e ganhando dinheiro com as habilidades que desenvolvemos aqui. Sem contar no fator terapêutico que as oficinas tem, eu tenho alunas com autismo, depressão, ansiedade… Aqui a gente trabalha com inclusão e acolhimento. É terapêutico também para nós, instrutores”, afirma.
Sílvia Pereira é médica e faz cursos na Fundação Cultural do Pará e elogia o trabalho pelo aprendizado e acolhimentoA médica oftalmologista, Silvia Pereira, conta é aluna da oficina de confecção de bonecos, mas já fez quase todas as ofertadas pela FCP. Ela destaca que além de oferecer acolhimento e aprendizado, o curso também é uma porta de entrada para uma nova renda, já que muitas alunas já recebem encomendas e vendem suas peças em casa e também pela internet.
“Na realidade aqui além de aprender novas habilidades eu estou fazendo terapia, pois tenho depressão e as oficinas me ajudam no tratamento, aqui é melhor do que muitas consultas em clínicas caras com vários psicólogos. Aqui é lugar de cura e terapia. Além de gerar profissões para as pessoas, eu conheço pessoas daqui que sustentaram a família durante a pandemia de Covid 19 com as habilidades que aprenderam aqui.” relata Silvia.
A técnica em gestão cultural, Ana Luz, explica que as oficinas promovidas pela Fundação Cultural do Pará têm o objetivo de fomentar a produção artesanal com temáticas regionais, gerando renda e valorizando a cultura local.
Curupira, o mascote da COP, foi a sensação da oficina realizada pelo Curro Velho em Belém“A ideia principal é que as pessoas que passam pelo Curro Velho e gostam de fazer bonecos, aprendessem e entendessem o processo de modelagem e criação. E que após a oficina possam produzir sob demanda, oferecendo os bonecos como brindes e souvenirs para cliente e eventos, gerando renda sustentável e valorizando a bioeconomia da região”, explica Ana Luz.
A oficina de confecção de bonecos faz parte do 3° módulo de oficinas oferecido pela Fundação Cultural do Pará, que acontecem no Núcleo Curro Velho e na Casa da Linguagem, em Belém, onde foram oferecidas 38 oficinas gratuitas, disponibilizando um total de 519 vagas em áreas como linguagens, animação, audiovisual, fotografia e artes digitais.