“É a realização de um sonho poder me apresentar e dançar em meio a tantos dançarinos. Sempre quis ser miss caipira e estou realizando um sonho aqui na Fundação Cultural”, declarou Heloá Gabriely Ferreira, miss simpatia de 10 anos, que se apresentou e dançou representando o grupo quadrilheiro Mistura Fina, do município de Bujaru.
O grupo quadrilheiro Mistura Fina é um dos 130 grupos que se apresentam até o dia 27 de junho, no "Arraial de Todos os Santos: o maior arraial da Amazônia”, realizado pela Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP). O evento, que está em sua trigésima sétima edição é aberto ao público, a partir das 18h.
Durante os dias de quadra junina, estão sendo realizadas apresentações de quadrilhas adultas e mirins. Além dos grupos, os visitantes do Arraial também podem conferir apresentações de 50 misses da diversidade, que farão suas performances no dia 28 de junho.
Para Rose Lavor, pedagoga e carioca, que pela primeira vez participou da programação, o arraial é uma grande e democrática festa junina do povo paraense. “Pois aqui temos a oportunidade de ver quadrilhas de várias partes do Pará. Tô achando tudo muito lindo. Uma maravilha. Tô encantada! A ornamentação tá muito linda”.
Além das apresentações de dança e de missies, também estão sendo realizados até o dia 30, as apresentações de grupos de Folguedos Juninos e shows com artistas paraenses, na Praça do Artista, localizada também no Centur, que este ano está batizada como Palco Verequete, em homenagem ao Metre Verequete. A programação também conta com várias barraquinhas de comidas típicas da época junina, que são uma atração gastronômica também integrante da programação.
Para o marcador Charles Valente da Silva, da Ilha de Mosqueiro, da quadrilha “O amor é nosso”, participar da quadra junina é manter viva uma tradição familiar. “Nossa quadrilha é uma tradição junina. Nós nos apresentamos há 41 anos e aqui na Fundação Cultural nos apresentamos desde o início. A cultura popular está no sangue da nossa família. Então, para manter as tradições nós continuamos com o trabalho que a família começou lá atrás, em 1976. Hoje o grupo está composto com 16 pares, 32 pessoas. Nossa expectativa é fazer um belíssimo e maravilhoso São João, trazer alegria, amor e paixão pra esse público maravilhoso que nos assiste”.
A expectativa é que mais de 200 mil pessoas celebrem os santos juninos, nos cinco prédios da Fundação Cultural do Pará: Centur, Curro Velho, Casa da Linguagem, Casa das Artes e teatro Waldemar Henrique, nesses dias de arraial, da Fundação Cultural.
A coordenadora de produção do arraial, Celeste Iglesias, convida a todos para prestigiarem a programação junina, realizada por paraenses dos 144 municípios. “Essa semana a gente continua com as quadrilhas aqui no Centur e com uma grande praça de alimentação com comidas da época. Todos estão convidados a participarem”