O Teatro Margarida Schivasappa (TMS), localizado no Centur, em Belém, completa 37 anos de fundação nesta segunda-feira (26). Inaugurado em 1987, o espaço – que recebeu o nome da professora de canto e folclorista Margarida Schivasappa, uma das referências da cultura paraense – segue sendo um importante símbolo da construção e manutenção do processo cultural no Pará, reconhecido por receber artistas de destaque nacional e internacional.
O TMS foi construído com o propósito de abrigar projetos que destaquem a cultura artística regional e nacional. O lugar foi desenvolvido dentro da missão de ação da Fundação Cultural do Pará (FCP): a exibição de peças teatrais e espetáculos musicais e de dança.
Deborah Colker, Leny Andrade, Cida Moreira, Paulo André Barata e outros artistas nacionais já passaram pelo teatro, que também recebeu o surgimento de novos talentos das mais variadas vertentes artísticas do Estado.
Além disso, já passaram pelo espaço companhias de bairros da periferia de Belém, alunos de escolas públicas e particulares, eventos de causas solidárias, grupos do interior, espetáculos de produção independente e outras manifestações artísticas.
Coordenador do Margarida Schivasappa, o cantor Olivar Barreto falou sobre a importância do teatro para o fomento da cultura paraense. “O TMS é um verdadeiro tesouro cultural do Estado do Pará. Com 37 anos de história, ele desempenha um papel crucial na promoção da arte e da cultura local, abraçando tradições e manifestações folclóricas, como o Arraial de Todos os Santos”, disse.
“Além de servir para a realização de ações sociais promovidas pela FCP, fortalecendo iniciativas que impactam positivamente a comunidade. É incrível ver como esse teatro se tornou um ponto de referência para diversas manifestações artísticas, contribuindo significativamente para a cena cultural da região”, acrescentou o artista.
Em dezembro de 2023, o teatro foi reaberto ao público com um amplo e moderno processo de renovação. Após as obras estruturais, o TMS recebeu aquisição de novos equipamentos e poltronas com acessibilidade para pessoas com obesidade, mobilidade reduzida e para cadeirantes. Além do piso que foi trocado, camarins foram modernizados e banheiros ganharam novos revestimentos e louças.
“O Teatro Margarida Schivasappa é uma referência quando se fala em música popular, dança e artes cênicas no nosso Estado. Esse espaço completa 37 anos como uma das principais casas de fomento e incentivo à cultura paraense. Recentemente entregamos o Teatro completamente reformado, com novas poltronas, acessibilidade completa, a parte elétrica, a parte hidráulica, o melhor para o produtor cultural e o artista, mas também para a plateia que é amante da cultura”, falou o presidente da FCP, Thiago Miranda.
Mostra Cultura Livre – Atualmente o teatro está recebendo a Mostra Cultura Livre, que encerra as suas apresentações nesta quarta-feira (28). O evento é resultado do Edital Cultura Livre, promovido pela FCP, e busca dar visibilidade e incentivo às produções artísticas de diversas áreas, proporcionando oportunidade de realização dos projetos contemplados. O objetivo também é impulsionar a criatividade, desenvolvendo, assim, a economia criativa do gerenciamento das carreiras artísticas.
Quem foi Margarida Schivasappa? – Nascida em 10 de novembro de 1895, em Belém, Margarida Schivasappa foi professora de canto orfeônico, folclorista, membro da Academia Paraense de Teatro, diretora de teatro, carnavalesca e fundadora da Sociedade Paraense de Educação.
Filha de Henrique Schivasappa e Corina da Costa Schivasappa, estudou no Instituto Carlos Gomes e posteriormente concluiu o aperfeiçoamento no Conservatório de Canto Orfeônico. Aluna de Heitor Villa-Lobos e saudada por Bibi Ferreira, Margarida deixou grandes contribuições para nossa cultura e atuou decisivamente para o crescimento das artes cênicas na região Norte.