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Moderno e acessível, Teatro Margarida Schivasappa é reaberto ao público

A reestruturação do espaço integra os investimentos do Governo do Pará na área cultural, que em 2023 superou R$ 33 milhões
Por Manuela Oliveira (ASCOM)
28/12/2023 10h25

Está reaberto ao público o Teatro Margarida Schivasappa, no Centur, em Belém, considerado o mais versátil palco para espetáculos teatrais, musicais e de dança. A reabertura do espaço cultural ocorreu na noite desta sexta-feira (15), com o show “Dança de tudo: uma homenagem a Nilson Chaves”. O evento reuniu mais de 20 intérpretes, entre os quais as cantoras paraenses Andréa Pinheiro, Lia Sophia, Lucinnha Bastos e Nazaré Pereira, e artistas de outros Estados, como Ceumar, Delia Fischer e Lucina. Situado no prédio que abriga a sede da Fundação Cultural do Pará (FCP), o Teatro Margarida Schivasappa passou por amplo e moderno processo de renovação durante um ano.

Presente à reabertura, o governador Helder Barbalho destacou a importância do espaço para o setor cultural. “Sem dúvida, o ‘Margarida Schivasappa’ é um palco histórico, no qual se descobrem talentos, que valoriza a arte. Assim, com a reabertura desse espaço nas condições que hoje estão sendo apresentadas, nós passamos a ter um equipamento com mais qualidade para receber a boa cultura, a boa arte que é produzida no Pará”, destacou o governador.

“Estamos entregando essa grande obra do nosso Teatro Margarida Schivasappa reformado por completo, com novas poltronas de cinema, acessibilidade completa, a parte elétrica, a parte hidráulica, tudo do bom e do melhor para o artista, para o amante da cultura, para o paraense. Trata-se da casa de espetáculos mais adequada para a música popular, em termos de acústica e equipamentos, e que agora ainda retorna com ampliação no número de assentos e reforma estrutural completa”, ressaltou o presidente da FCP, Thiago Miranda.

Modernidade - O Teatro passou por amplo e moderno processo de renovação. Pisos em madeira deram lugar ao porcelanato; camarins foram reestruturados; banheiros ganharam novos revestimentos e louças, e as poltronas são mais confortáveis. Também houve obras no hall, sala de ensaio, sala da bilheteria e sala vip; troca do piso da sala de espetáculo para vinílico; troca das instalações elétricas da sonorização e iluminação, e instalação de revestimento acústico, além da instalação de nova porta acústica na área dos técnicos de iluminação e sonorização.

Para o segundo andar foi projetado novo estúdio de gravação, que servirá à Fundação e, posteriormente, ao público. Outra mudança importante é na iluminação do teatro, que agora conta com lâmpadas de LED, em substituição às de filamento. Todos os equipamentos de iluminação e sonorização são digitais. O projeto incluiu ainda novas luminárias no hall de entrada e sala VIP, portas de blindex, pintura geral, novo forro em gesso e outras melhorias.

“Cada vez mais equipamentos como esse são fundamentais, pois o Pará se consolida na rota turística, na rota de eventos. E a cultura, certamente, é um dos mais extraordinários impulsionadores da curiosidade daqueles que querem ter a experiência de conhecer nossa cultura, em ambientes como o ‘Margarida Schivasappa’. É equipamento fundamental para que o Estado tenha um ponto de encontro e valorização cultural para aqueles que aqui estão”, reiterou Helder Barbalho.

Acessibilidade - A obra contemplou ainda melhoria estrutural na acessibilidade. Agora há 518 lugares, sendo seis poltronas para pessoas com obesidade, seis para pessoas com mobilidade reduzida e oito lugares para cadeirantes. Na parte de trás do teatro também foi instalado um novo elevador para pessoas com deficiência (PcDs).

Segundo Emanuele Moraes, uma das presentes, “é muito orgulho para a gente, que é do Pará, ter a reinauguração do teatro, um lugar tão importante, que enaltece a nossa cultura, que traz grandes talentos para o palco, reacende esse interesse do público em prestigiar a cultura paraense. Para mim, como jovem, é muito interessante isso”.

“A reabertura do Teatro é importante para a cultura paraense. Estar presente nesse momento único é extremamente gratificante por trabalhar também com cultura. É um espaço aberto para a comunidade, para os fazedores de cultura e para o Pará”, disse a expectadora Luciana Cativo.

Investimentos - Neste ano, o Governo do Pará investiu mais de R$ 15 milhões no Programa de Editais #CulturaPará, que incentiva projetos em todo o território paraense. São editais para o setor cultural com critérios que buscam minimizar distorções, como a concentração de investimentos na área metropolitana e a ausência de políticas para minorias, gerando mais oportunidades para o segmento cultural.

A maioria dos editais prevê 40% dos prêmios destinados a candidatos da Região de Integração Guajará - que envolve os municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará - e 60%, aos participantes das demais regiões.

Em 2023, o investimento histórico no setor cultural foi superior a R$ 33 milhões, executado por meio da FCP para incentivar a pesquisa e a experimentação artística, e apoiar a produção cultural.

Para os próximos quatro anos há previsão de injetar mais de R$ 120 milhões no segmento cultural, sendo a metade de recursos próprios da Fundação Cultural do Pará e o restante via incentivo fiscal.

Semear - Na solenidade de reabertura do Teatro também foram reconhecidas as empresas parceiras do Programa Estadual de Incentivo à Cultura (Semear), que regula o processo de seleção de projetos culturais. Os selecionados podem captar recursos com Pessoa Jurídica, empresas situadas no Pará, que sejam contribuintes de Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS).

“Este evento também marca um momento significativo para a cultura paraense, pois estamos premiando nossos grandes parceiros do Programa Estadual de Incentivo à Cultura, conhecido como Semear. Um programa que, ao longo dos últimos quatro anos, viu seu orçamento crescer de R$ 3 milhões para R$ 18 milhões, graças à renúncia fiscal proporcionada por uma parceria valiosa com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), sob a liderança do nosso governador Helder Barbalho”, explicou Thiago Miranda.

Valorização - A novidade para o Edital/2024 é o aumento do limite de cada projeto, passando de R$ 400 mil para R$ 600 mil. Isso permitirá que cada proponente inscreva até dois projetos, respeitando o novo valor estipulado.

Cada projeto patrocinado permitirá que a empresa contribuinte abata 95% do seu ICMS, comprometendo-se, em contrapartida, a investir 5% do patrocínio com recursos próprios. Essas mudanças representam um avanço significativo no apoio às iniciativas culturais no Estado.

Podem participar projetos culturais dos mais diversos segmentos, performances e linguagens, que gerem produtos para exibição, utilização e circulação pública de bens e serviços na área.

Os interessados em participar da Lei Semear devem se inscrever exclusivamente por meio do Sistema de Gestão de Projetos Culturais do Programa Semear (SGP Semear), disponível no site da Fundação Cultural do Pará (fcp.pa.gov.br).