O Curro Velho e a Casa da Linguagem celebram, hoje (12), o encerramento do 3° módulo das oficinas culturais. Para a ocasião, foi realizada uma mostra com exibição de documentário, além de apresentações de alunos dos mais de 40 cursos oferecidos no mês de agosto. O evento iniciou-se às 10h com programação durante o dia aberta a todos os públicos.
"Estamos reunidos mais uma vez para celebrar o amor à arte. Todos nós, pais, mães, alunos e professores, fomos incentivados, de alguma forma, a manter viva essa cultura. Obrigado a toda a equipe da Fundação Cultural do Pará e a todos que estão aqui presentes, prestigiando esse momento", agradeceu o diretor de Oficinas Culturais e Iniciação Artística, Paulo Assunção.
Os alunos de Iniciação ao Teatro convidaram o público para uma apresentação interativa, onde brincaram as culturas clássica e popular. Iniciantes em dança, música e práticas circenses também mostraram ao público o que ensaiaram durante o módulo. Estavam presentes estudantes, professores e o público convidado.
A programação contou também com a visita guiada na mostra do resultado da primeira edição do projeto Circuito Ensaio. O objetivo é iniciar uma prática formativa complementar às oficinas regulares do Laboratório de Fotografia e Audiovisual do Curro Velho.
História - De estudantes a instrutores, o Núcleo do Curro Velho já formou milhares de pessoas em artes visuais, fotográficas, audiovisuais, digitais, cênicas, musicais e verbais. Apenas neste mês, mais de 700 alunos receberam seus certificados de conclusão das oficinas. Muitos desses têm uma relação familiar com o Curro, com o incentivo de parentes e amigos.
É o caso de Ana Cláudia Aragão, aluna de música na Casa da Linguagem. Ela conta que participou de quase todas as oficinas que o espaço oferece desde 2017. “Eu conheci as oficinas da Fundação Cultural do Pará através de uma manchete de jornal seis anos atrás. Geralmente, os cursos de música ficavam apenas no Curro Velho, mas quando a música veio para a Casa da Linguagem, eu vim também”.
“Para mim é uma terapia, eu amo música e sempre estou aqui aprendendo alguma coisa e iniciando um novo curso. Minha família já passou por aqui. Meu irmão cursou cavaquinho, e minha irmã, violão”, disse a estudante.
A professora de Violão Popular, Camila Alves, também compartilhou sua história de longa data com o Curro Velho. Ela atua como instrutora na Fundação Cultural do Pará há mais de 10 anos, e participou de dois módulos neste ano. Ela ressalta a importância das oficinas para a comunidade.
“A forma como esses cursos são ofertados é tão democrática, pois todo mundo pode participar, basta se inscrever. Nosso público é muito misto e variado, de crianças a idosos sendo atendidos aqui. E de todos os níveis, com alunos iniciantes, mas também aqueles que já têm alguma experiência”, explicou a instrutora.
“A gente entende as oficinas dessa forma, como um espaço de acréscimo à formação profissional e pessoal das pessoas. A gente se prepara para atender a todos da melhor forma possível. Essa convivência com a diversidade é importante para nós e para os alunos, e esse encerramento é fundamental para que o trabalho de todos seja reconhecido”, finalizou Camila.
O coordenador de Oficinas Culturais, Andrei Miralha, agradece a realização das oficinas e informa que as novas turmas vão se iniciar a partir de novembro. "Estamos finalizando mais um módulo de oficinas. Esse é um momento muito importante para o Núcleo. Tudo o que é produzido aqui constitui a memória do nosso espaço e ficará para sempre marcado. Anunciaremos as próximas turmas em breve".
