Com participações em mais de 40 filmes nacionais e internacionais, o ator e diretor Paulo Marat convida o público a prestigiar sua desmontagem cênica no dia 18 de agosto, na Casa das Artes. A proposta do paraense é trazer recortes de cenas de teatro e cinema que fazem parte da sua carreira artística. A programação é gratuita e inicia-se às 19h na Praça dos Jambeiros.
Os destaques vão para o espetáculo “Mukt Paier - pés livres”, e o curta-metragem “Raimundo Quintela, o caçador que vira-porco”, vencedor em três categorias da mostra competitiva do Festival Olhar do Norte 2020. Ambas as produções têm a marca de Marat como ator.
O Ciclo de Desmontagem vai retratar as modificações na maneira de encarar cada trabalho ao longo da vida, segundo a visão de Paulo. Ele comenta sobre sua carreira e os aprendizados como ator e diretor, que somam mais de 30 anos de trabalho.
“A experiência dirigindo cena nas casas mentais, na penitenciária feminina e na prática da yoga me deram uma compreensão do meu fazer teatral. Comecei nas artes plásticas, mas me interessei pelas artes cênicas através da Escola de Teatro no vadião da UFPA”, disse o artista.
Entre os filmes internacionais nos quais Paulo participou, destacam-se “Guyane”, série filmada na Guiana Francesa, que retrata o mundo perigoso e lucrativo da mineração do ouro, vivenciado pelo parisiense Vincent; e Perdidos na Selva, produção alemã filmada em Belém.
Artes Cênicas - O Ciclo de Desmontagem é realizado com artistas convidados, e o público tem a oportunidade de rever ou ver performances, números artísticos ou cenas de espetáculos de teatro, dança e circo, acompanhados pela explicação de artistas sobre a lógica de funcionamento do trabalho.
Segundo Ysmaille Ferreira, técnico em gestão cultural e coordenador do projeto, “na desmontagem cênica, artista e público conversam livremente sobre o processo criativo que construiu a obra poética. A desmontagem é uma prática que surgiu com os grupos de teatro latino-americanos, com o desejo político e estético de democratizar a produção cênica”.
“O testemunho do artista ao olhar para o que foi feito acaba se constituindo como outra dramaturgia que investiga os rastros criativos. Eu diria que a desmontagem é um desfazer no qual se faz um documento poético de memória”, explica o coordenador.
Serviço
Ciclo de Desmontagem em Artes Cênicas: Paulo Marat
Data: 18/08
Horário: 19h
Local: Praça dos Jambeiros, Casa das Artes, Rua Dom Alberto Gaudêncio Ramos, 236 - Nazaré
