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Núcleo Curro Velho e Casa da Linguagem encerram primeiro módulo das oficinas de março

Alunos e instrutores apresentaram o aprendizado dos cursos de iniciação em artes cênicas, musicais, audiovisuais e plásticas
Por Álvaro Frota (FCP)
12/04/2023 14h10

Casa da Linguagem, na Avenida Nazaré

O primeiro módulo das oficinas do Curro Velho e da Casa da Linguagem, unidades da Fundação Cultural do Pará (FCP) foi encerrado na segunda-feira (10) com apresentações dos alunos e instrutores. A programação começou em março, e contou com 55 cursos de iniciação em artes cênicas, musicais, audiovisuais e plásticas, entre outras linguagens artísticas. O segundo módulo já está previsto para maio, com inscrições a partir de 18 de abril (terça-feira).

Houve cerimônia de encerramento pela manhã e à tarde, com a apresentação dos alunos de iniciação ao teatro, à música, à dança inclusiva e às artes visuais. O coordenador de Iniciação Artística, Jorge Cunha, disse que o número de inscrições foi satisfatório. “Para um primeiro módulo, nós tivemos uma participação muito interessante, e o resultado também foi bem bacana. Normalmente, as pessoas demoram um pouquinho para se inscreverem, mas já notamos uma participação satisfatória neste módulo”, disse o coordenador.

Cada oficina conta, em média, com 20 alunos. Gabriela Nogueira foi aluna de Iniciação à Bateria. Ela disse que conheceu o Curro Velho pelas redes sociais, e que pretende voltar para um segundo módulo. "Tive um bom professor, uma boa dinâmica. Eu fiquei sabendo pelas redes sociais sobre as oficinas que acontecem aqui, e como eu queria aprender bateria, me inscrevi. Eu certamente voltaria para tentar outro instrumento”, acrescentou a estudante.

Inscrições - O segundo módulo das oficinas começa em 08 de maio, com inscrições a partir do dia 18 de abril. Os interessados podem se inscrever de forma presencial no Curro Velho (bairro do Telégrafo) e na Casa da Linguagem (em Nazaré). Os cursos oferecidos vão das artes cênicas, musicais e de dança às artes visuais e literárias.

Jamile Conceição participou da oficina de Danças Afro-Brasileiras e considerou a experiência muito importante. “Eu já pratiquei outras manifestações culturais afro. Essa foi a oportunidade de estar aprendendo mais uma manifestação, porque foram vários tipos de dança que nós aprendemos, e isso aumenta o meu repertório e a minha conexão com a minha ancestralidade”, contou Jamile.

Ela acompanhava as oficinas do Curro pelas redes sociais da Fundação, e disse estar ansiosa para as próximas aulas. “Eu já até perguntei quando seriam os próximos módulos. Já vou ser a primeira da lista!”, afirmou.

Oficinas de Redação para o Enem na Casa da Lingugaem

Inclusão - O Núcleo de Oficinas Curro Velho e a Casa da Linguagem promovem diversas atividades em parceria com a “Cia. do Nosso Jeito”, projeto que integra a ala de dança inclusiva. Os ensaios da mostra de dança terminam no próximo dia 20, e depois começam as preparações para a festa junina. A quadrilha pode ter até 40 integrantes.

“As oficinas de inclusão não param; elas só vão mudar o foco”, explicou a coordenadora do projeto, Thays Reis, acrescentando que “essa quadrilha é bem tradicional. Eles dançam aqui e no Centur, também. É uma quadrilha de inclusão mesmo, porque dançam pessoas usuárias de cadeira de rodas e pessoas sem deficiência aparente, além de crianças com Síndrome de Down e jovens com Transtorno do Espectro Autista. É um processo bem interessante”.

Desafios - A coordenadora disse ainda que o projeto é de extrema importância, tanto para crianças com deficiência quanto para os responsáveis. "As dificuldades de deslocamento são muito grandes. Tem crianças que precisam fazer terapias, como fono e ecoterapia, e que precisam ser conciliadas. Então, elas têm uma agenda muito corrida e cansativa. Mas mesmo assim elas gostam de estar aqui, fazem questão, e os pais trazem, porque percebem que as crianças ficam felizes de estarem envolvidas, gostam das amizades e do que fazem”, completou Thays.

Berenice Monteiro Maués, 09 anos, tem paralisia cerebral e participa de seu quarto módulo de oficina de dança. O pai, Tylon Maués, contou que esses momentos lúdicos fazem toda a diferença na rotina de Berenice. "Ela passa os dias entre a escola e as fisioterapias. A turma de dança, para ela, é um momento de muita diversão e também de aprendizado. Tem sido muito bom”, afirmou.

Segundo ele, mesmo com a rotina complicada, o esforço de levar a filha às aulas vale a pena. “Aqui é um lugar onde ela se diverte e convive com outras crianças em situações parecidas com a dela. Tem sido muito enriquecedor pra ela, e obviamente pra gente também”, disse Tylon Maués.

Berenice Maués tem 9 anos e participa de sua quarta oficina de dança