A Casa da Linguagem encerra, na próxima segunda-feira (10), as atividades das oficinas realizadas no mês de março, com uma média de 200 alunos atendidos. O objetivo da instituição é oferecer cursos gratuitamente, sendo a culminância das oficinas uma oportunidade para que os estudantes mostrem o que aprenderam e para que a diversidade das linguagens seja demonstrada em um dia de poesia e arte.
Lilliane Garcia, Técnica em Gestão Cultural da Casa da Linguagem, conta que o impacto dessa iniciativa na transformação dos alunos é refletido em depoimentos deles e na capacidade demonstrada de análise da realidade. “As oficinas oferecidas pela Casa da Linguagem são extremamente importantes para a transformação de indivíduos e para o desenvolvimento da sociedade. A Casa é uma instituição que oferece cursos gratuitos em várias áreas da linguagem, onde estudantes podem descobrir talentos que pareciam ocultos e se transformar em seres humanos que nem eles mesmos sabiam que poderiam ser”, conta Garcia.
A servidora explica que a participação do aluno ou aluna na Casa da Linguagem não acaba com o encerramento das oficinas. Pelo contrário, muitas vezes os alunos retornam como instrutores e até como servidores, e sempre mantêm contato, formando laços que nunca morrem. No entanto, a culminância, que é a apresentação dos resultados finais das oficinas, é um momento mágico, onde a poesia une todas as linguagens que são oferecidas.
“O tímido e recuado jovem que entra pela porta da Casa da Linguagem algumas vezes se transforma em uma estrela no palco e a magia da oficina acontece. Mesmo que ele não se torne um artista, a sementinha que é plantada fica para sempre e ajuda a moldar sua vida de formas diferentes”, detalha a servidora.
Para Lilliane, a intenção das oficinas oferecidas na Casa da Linguagem não é apenas melhorar técnicas de produção ou interpretação de texto, mas contribuir para a transformação de seres humanos.
Marina Farias é a professora responsável pela oficina de leitura e produção de texto, que também terá seu encerramento na próxima segunda-feira. Durante a oficina, os alunos leram diversos tipos de textos, inclusive literários e artigos de opinião, e escolheram um deles para encenar de forma teatral. Marina explica que a apresentação final foi pensada de forma a trabalhar principalmente a expressão corporal e gestual dos alunos, com foco no desenvolvimento do gestual para torná-la inclusiva a todos. “Acredito que é muito importante que espaços públicos ofereçam esse tipo de oficina gratuita para diferentes públicos, como uma maneira de complementar o ensino da escola e como uma oportunidade para adultos retomarem sua formação”, conta a professora.
A professora Marina destaca que o contato intensivo com a leitura gera um encanto e promove a troca de experiências e histórias entre os participantes. Através deste contato, os alunos têm a oportunidade de compartilhar suas vivências e conhecimentos, independente da diferença de geração. Inclusive, a encenação teatral pensada pelos alunos durante a oficina foi uma maneira de colocar em prática o que foi trabalhado na oficina e também de buscar a inclusão. “A preocupação com a inclusão dos deficientes é cada vez mais presente em todas as áreas, e é importante que as oficinas e cursos também estejam atentos a isso. Neste caso, a peça foi pensada para trabalhar principalmente a expressão corporal e gestual dos alunos, facilitando a compreensão dos deficientes auditivos”, explica.
A Casa da Linguagem cumpre um papel fundamental ao oferecer oficinas como a de leitura e produção de texto, permitindo que as pessoas tenham um contato intenso com a leitura, compartilhem suas vivências e aprendam dividindo. A oficina é uma forma de complementar o ensino da escola e também de permitir que os adultos retomem sua formação. A encenação teatral inclusiva mostra a preocupação da Casa da Linguagem com a inclusão, buscando formas de garantir que todos possam ter acesso à cultura e à educação.