Nesta quarta-feira, 15, integrantes e representantes de quadrilhas juninas de Belém e municípios próximos participaram de conversa aberta com a presidente da Fundação Cultural do Pará (FCP), Dina Oliveira, para debater sobre possíveis mudanças no Arraial de Todos os Santos. “Foi uma reunião muito proveitosa”, disse a gestora.
Segundo ela, a partir deste primeiro encontro, foi possível fazer um detalhamento do evento e das necessidades dos grupos. Além disso, havia a preocupação de que a programação sobrecarregasse o circuito elétrico do prédio sede da FCP, na Gentil Bittencourt. “Acabei de receber um laudo técnico dizendo que é possível promover o evento com um equipamento especifico para a geração da energia. Com isso, confirmamos o arraial no Centur”, informou Dina Oliveira.
A fundação também pretende cumprir a missão institucional de atender aos demais municípios do Pará, apoiando o evento em outras regiões, como Baixo Amazonas, e em cidades como Marapanim, onde há grande movimento quadrilheiro. O governo do Estado vai ajudar no deslocamento dos grupos dessas regiões, que não precisam vir a Belém para ter a oportunidade de se apresentar e competir em concurso.
Como na última edição, muitos grupos ficaram de fora da apresentação, pois o número de vagas é limitado. Eles sugeriram que o evento passasse de 15 para 30 de apresentações, além da mudança de horário, das 17h para as 19h, pois muito integrantes trabalham nos horários estabelecidos. Segundo Dina Oliveira, seria inviável a duração de um mês, mas é estudada a possibilidade de estender o evento para 20 dias, algo que precisa ser analisado em termos orçamentário e logístico.
Manifestações – Além do apoio ao concurso das quadrilhas juninas – que premia as categorias mirim e adulto –, a programação da Fundação Cultural do Pará também comporta o “Auto Junino”, no Curro Velho, com as crianças da iniciação artística, e que começam as oficinas de preparação neste mês, para se apresentar em junho.
Na Casa das Artes (antigo IAP), o foco está na apresentação dos grupos de Pássaros e Bichos Juninos, cujas oficinas e workshops de capacitação dos grupos ocorrem a partir deste mês. As mais recentes foram dias 8 e 9 deste mês, voltadas para a concepção e confecção de figurino. O projeto Circuito das Artes, da FCP, tem, inclusive, ministrado oficinas de percussão e figurino com grupos da ilha de Outeiro com aulas diariamente durante todo o mês de abril.
No espaço do Centur, além das quadrilhas (cerca de 80) também recebem apoio e se apresentam durante o Arraial de Todos os Santos os grupos parafolclóricos, na Praça dos Artistas; os Pássaros e Bichos Juninos, no Teatro Margarida Schivasappa e no Cine Lìbero Luxardo; além de cantores regionais que preparam repertório voltado para estas festividades de expressão popular.
