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Projeto “A noite é uma palavra” lota Teatro Waldemar Henrique em noite de estreia

Por Editor FCP (x Mentor Suporte)
25/03/2015 17h41

A Fundação Cultural do Pará, através da Diretoria de Leitura e Informação, promove o projeto “A noite é uma palavra”, uma iniciativa que levanta a bandeira da poesia, aproximando autores paraenses e o público, através de leituras dinâmicas de poesia. O evento é gratuito, e é apresentado mensalmente, sempre na última terça-feira do mês.

Segundo Bela Pinto, técnica cultural da fundação, a apresentação de ontem foi a primeira de 2015, mas o projeto já tem 4 anos de vida, sempre nesse formato, privilegiando autores paraenses. “Eu acho que a cidade estava precisando disso, a fundação já é consagrada na música, no teatro, porque tem os espaços específicos pra isso, e a gente precisava movimentar a questão da poesia e encontrar uma forma que permitisse que o público fosse um seguidor da poesia”.

Segundo a técnica, o projeto se propõe a formar plateia, e tem grandes aliados, que são os estudantes que frequentam as apresentações. A fundação colabora enviando transporte para trazer os alunos para o evento. “Para que eles possam ter um maior contato com a literatura, fazer do teatro um laboratório onde o professor possa, depois que chegar em sala de aula, no outro dia, fazer uma releitura dos poemas – porque na entrada a gente entrega uma programação com todos os poemas que serão lidos –, então você dá essa oportunidade pro professor fazer essa releitura, fazer esse trabalho de poesia com essa criançada, com esse jovem, e eles compreenderem a literatura de uma maneira mais prazerosa”, concluí a técnica e uma das organizadora do evento.

Quanto à seleção de poetas, a servidora esclarece: “Não tem edital. É uma seleção bem simples, as pessoas procuram a gente, nós temos um banco de dados onde a gente seleciona. Para essa noite selecionamos pela questão do premio, os poetas selecionados são os que ganharam o Prêmio Dalcídio Jurandir e o Prêmio de literatura da Casa das Artes".

Edgar Macêdo, poeta presente na noite especial confessa que é um habitué do projeto, no entanto no Teatro Valdemar Henrique foi sua primeira vez. Ele diz que ficou impressionado com o público diferenciado, muito jovens, que vieram interagir com os poetas logo após o show. “Antes do projeto eu estava na marginalidade poética, hoje parecia um pós-show de banda de rock, tamanha procura pelos autores. Esse formato, todos de preto, interagindo, foi uma tirada da Catalina Murchio (produtora), dinamiza a leitura, o público gostou. Puxa cadeira, bate o pé no chão, dá uma vida”, completa o poeta.