“Como a arte e a cultura podem responder a questões socioambientais?” Esta é a provocação feita pelo Fórum Arte pela Justiça Climática que ocorre pela primeira vez nos próximos dias 20 e 21 de setembro, no Núcleo de Oficinas Curro Velho, em Belém. A programação é gratuita.
O objetivo do Fórum é integrar agentes de mudança e organizações locais a fim de promover conexões, trocar metodologias e experiências para vislumbrar modelos de justiça climática a partir da perspectiva socioambiental.
A curadoria do evento foi realizada por Priscila Cobra, jornalista e carimbozeira afro-indígena de Icoaraci; Renata Aguiar, artista visual, educadora e pesquisadora, amazonense radicada em Belém; e Zayaan Khan, artista da África do Sul que trabalha em defesa da justiça alimentar, da distribuição da terra e do uso de sementes, por meio da contação de histórias e artes multidisciplinares.
Programação
Durante os dois dias de evento, haverá rodas de conversas, performance artísticas, instalações e oficinas, para elas é necessário inscrição prévia.
No dia 20, haverá a roda de conversa “Recriando e Reimaginando Futuros Possíveis no Presente”, com a participação de Rosa Chávez (Guatemala), Gabriela Luz (Brasil), Chemi Rosado Seijo (Porto Rico) e moderação de Yara Costa (Moçambique).
A roda de conversa “O direito à terra, pessoas e pertencimento: da Amazônia à Palestina” reúne Jane Cabral (Brasil), Tareq Khalaf (Palestina), Zayaan Khan (África do Sul) e Fredy Papilo Gualinga (Equador), com moderação de Ixchel Tonāntzin (Equador).
Monica Naranjo Uribe (Colômbia) ministra a oficina "Meu centro do mundo: onde a água doce e a água salgada se encontram". A oficina "Mapeando o futuro com o músculo da imaginação", de Ixchel Tonāntzin Xōchitlzihuatl (Equador) e Fredy Papilo Gualinga (Equador), se concentra em transformar nossa imaginação ao desprogramar padrões de pensamento coloniais e opressivos, permitindo-nos imaginar e criar um futuro onde toda a vida prospera.
Sharon Chin (Malásia) ministra a oficina "Criaturas da mente, criaturas da terra", que convida os participantes a imaginar uma maneira alternativa de habitar o mundo por meio de um desenho coletivo e da contação de histórias.
"Arte como Ativismo" mergulha na inspiradora e impactante interseção da expressão artística com a ética e o ativismo, destacando como as artes e culturas servem veículos potentes para protesto, mudança social e diálogo.
No dia 21, a programação abre com a roda de conversa “Arte e Ativismo, Ética e Responsabilidade”, com participação de Molemo Moiloa (África do Sul), Deborah Jack (São Martinho) e Thiago Maiandeua (Brasil), e moderação de Benji Boyadgian (Palestina).
Beatriz Paiva (Brasil) ministra a oficina "Lambendo a Cidade das Mangueiras; o lambe-lambe em Belém do Pará". Irene Agrivina (Indoneésia), Dan Li (China)e Nana Opoku (AFROSCOPE) (Gana) promovem a oficina "PHOTOSYNTHESA"; e Brigitte Baptiste (Colômbia), a oficina "Ecologias de Transição".
Haverá a roda de conversa “Imaginação socioambiental, arte como protesto e protesto como arte”, com a participação de Sofía Acosta (Equador), Pelé do Manifesto (Brasil)e Salete Cunha (Brasil), e moderação de Coletivo Etcétera (Argentina).
Serviço:
Programação aberta do Fórum Arte pela Justiça Climática — Reimaginando Futuros, dias 20 e 21 de setembro, no Curro Velho, localizado na Rua Prof. Nelson Ribeiro, 287 - Telégrafo.
Inscrições gratuitas para oficinas e rodas de conversa devem ser feitas, até dia 20 de setembro, online aqui.