1 2 3 4

Arqueologia dos Afetos

Karina Martins


A exposição individual da artista Karina Martins - Arqueologia dos Afetos - convida  a pensar a importância dos arquivos familiares para compreensão do que somos,  enquanto indivíduos. Da escavação dos arquivos materiais e imateriais surgem obras que  trabalham o sensível, o íntimo, o simbólico presente nas memórias afetivas da artista. A  artista cita Walter Benjamim como norteador de sua pesquisa: “quem pretende se  aproximar do próprio passado soterrado deve agir como um homem que escava”. Arqueologia dos Afetos surgiu no período pandêmico, é fruto de angústia e  reflexões provocadas pelo confinamento. De certo, que o isolamento imposto pela  pandemia do Covid-19 reforçou a ida solitária aos arquivos familiares com mais frequência, escavar e recordar lembranças de um passado seu e de outros, passou a ser  um remédio no enfrentamento pessoal aos longos meses de confinamento social. A incerteza sobre o futuro criou na artista a necessidade de fugir da realidade das notícias  da internet e das mídias tradicionais, e a fez olhar o mundo de dentro, lançando-a nos  arquivos. 

Dos arquivos mentais e físicos surgem fotografias de lugares, paisagens, objetos do cotidiano, objetos religiosos, objetos da infância, fotos de seus pais, avós, parentes,  amigos, tudo aquilo que mantém afinidade afetiva com a artista, e mostra a importância da  manutenção de arquivos para a compreensão do passado e criação de memórias. 

A exposição é composta por dois vídeos, duas instalações, três objetos e fotografias suas e de outros. A exposição conta com recurso de acessibilidade para  pessoas com baixa visão, com textos em braille e descrição das obas.


galeria: