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Mãos cintilantes, brincadeiras etéreas

Evelyn Cruvinel


A Galeria Benedito Nunes apresenta “Mãos Cintilantes, brincadeiras etéreas”, primeira exposição individual da artista goianense Evelyn Cruvinel, com curadoria de Ceci Bandeira. A mostra transforma o espaço expositivo em um território de encontro entre arte, infância e memória afetiva. Partindo da ideia de que as mãos — pequenas ou adultas — moldam a cultura popular brasileira, Evelyn desloca o gesto de brincar para o centro da experiência. Mais do que abordar infâncias, a artista propõe um cubo branco que deseja e acolhe crianças, abrindo espaço para suas potências inventivas. Em suas obras, Evelyn revisita um território íntimo: o universo das festas e decorações que marcaram sua própria infância. Ao percorrer a galeria, o público encontra doces, rabiscos, meninices e crendices populares que evocam o brilho dos parabéns “nesta data querida” e os votos de esperança que acompanham cada celebração. A exposição reúne 20 trabalhos, entre instalações, objetos e pinturas, incluindo a primeira apresentação de sua série em óleo que incorpora elementos festeiros e brincáveis. Durante o período expositivo, a artista também cria um painel interativo em parceria com o público paraense, ampliando o caráter participativo da experiência. Com programação especial voltada às férias escolares em Belém, o projeto oferece atividades arte-educativas, como musicais, contações de histórias e oficinas de coautoria, todas gratuitas e acessíveis a diferentes faixas etárias. “Mãos Cintilantes, brincadeiras etéreas” celebra o imaginário da juventude de artistas negres do país, cujas práticas se nutrem das tradições orais da cultura popular afro- brasileira. Ao reunir as crianças que somos, fomos e seremos, a exposição chega como um presente do Cerrado para a Amazônia — uma festa contínua que convida o público a participar.


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