Interiorização - A primeira edição do prêmio reúne artistas de: Abaetetuba, Belém, Breves, Bujaru, Cametá, Marabá, São Caetano de Odivelas e São Miguel do Guamá. Esse é um mapa nítido do alcance contemporâneo das expressões artísticas pelo Estado. “Desse modo, a Fundação Cultural cumpre seu papel de incentivar, descentralizar e dar continuidade à produção em artes visuais no Pará”, avalia o presidente da FCP, Thiago Miranda.

Entre os premiados está Dias Junior, do município de Abaetetuba, estudante de artes visuais na Ufpa, com obra a tinta óleo sobre tela. “Recebo com muita felicidade porque é um prêmio muito importante principalmente para outros artistas que não são os aqui de Belém. Ele veio gerar oportunidades para outros artistas de outras cidades do e isso é muito gratificante, não só para mim, mas também pro meu município”, expõe.

Outra premiada é a estudante de licenciatura em artes visuais pela Unifesp, Rafaela Cardoso, de 22 anos, premiada com uma fotografia, um autorretrato, chamado “interior”. “É muito importante receber essa premiação porque é um reconhecimento de um trabalho que às vezes não é tão valorizado e principalmente quando estou expondo fora da minha cidade, que é Marabá. Então, expor na capital onde tem muita movimentação, muitas pessoas, é um processo muito importante para a minha carreira, pois isso dá um gás maior para continuar produzindo e continuar nesse meio artístico, como artista e futuramente educadora. Essa premiação é uma ótima forma de incentivo”, depõe.

Alcance - Neste ano de 2023, as galerias da FCP se destacaram como espaços dinâmicos e plurais, promovendo 14 exposições com 44 artistas. Além de exibir obras, as galerias Theodoro Braga, Benedito Nunes e Ruy Meira buscaram democratizar a arte por meio de 30 eventos educativos, incluindo rodas de conversa, visitas guiadas e oficinas.

A Galeria Ruy Meira inovou ao receber eventos de outros editais da FCP, como o desfile de moda de Petrvs Figueiras. A preservação da arte também foi evidenciada com a incorporação de 33 obras ao acervo da Galeria Theodoro Braga. 

Através das galerias, a FCP alcançou um amplo público, beneficiando 6.453 pessoas presencialmente e 46.902 virtualmente, fortalecendo a presença das galerias no cenário cultural. A instituição não se limita ao local, impactando artistas de cinco estados e oito municípios, promovendo descentralização cultural.

Além disso, cerca de 100 pessoas foram beneficiadas, incluindo artistas, produtores e agentes culturais. Assim, a instituição se consolida como agente ativo na construção cultural, conectando diversas expressões artísticas e públicos em uma experiência enriquecedora.

Notoriedade - A exposição Novos Contemporâneos, além de reconhecer o talento dos artistas, os coloca em evidência no cenário artístico ao expor suas obras no renomado acervo de 46 anos da Galeria. 

Inaugurada em 03 de maio de 2018, a Galeria Benedito Nunes integra o maior complexo cultural da cidade de Belém, a Fundação Cultural do Estado do Pará. Com arquitetura diferenciada que possibilita a integração visual da área externa com a sala de exposições, o espaço possibilita exposições da Cultura Popular Paraense, das diversas linguagens artísticas contemporâneas. 

“Desde sua criação em 1986, a Fundação Cultural tem entre seus objetivos a preservação, o fomento e a difusão de bens culturais, buscando abrangência em meio à diversidade de expressões existentes, nas várias regiões do Pará. Entre as muitas ações de fomento, os editais de exposição em artes visuais das galerias da FCP têm ganhado notória força e visibilidade, através do Prêmio Branco de Melo, inclusive em âmbito nacional”, destaca o presidente da FCP, Thiago Miranda.

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
15/12/2023 17h12

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