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FLORESTA NEGRA
Anderson Santos
 

A Galeria Theodoro Braga, núcleo da fundação cultural do Pará, recebe a exposição "floresta negra", do artista Anderson Santos. A exposição começou dia 07/07 e vai até 28/08. As obras estão expostas nesse período de 9h às 17h, de segunda a sexta.

Um dos ganhadores do Prêmio Branco de Melo, “Floresta Negra” é a segunda exposição de 2023 na Galeria Theodoro Braga. A obra é composta por uma série de trabalhos em variados formatos que incluem pintura, vídeo e o uso de realidade aumentada, com obras exclusivas desse espaço virtual. 

“A singularidade dessa mostra está estruturada em um processo sensível de como as técnicas de
pintura tradicional são renovadas no encontro com as novas mídias. Os aspectos conceituais
abordados remetem à instauração de uma problemática cada vez mais constante na
contemporaneidade que diz respeito ao fluxo de imagens, sua fruição e a cultura remix. É, segundo o filósofo Philippe Dubois, na incrustação – textura vazada e na espessura da imagem – que, de certa maneira, os espaços de produção da imagem são re‑orientados.
Anderson Santos se irmana a uma nova tendência de autores que, ao utilizar o digital como
dissolução da imagem, têm como imperativo conhecê‑la para finalmente desintegrá‑la. Essa
transição poética da pintura a óleo para o digital não passa por um aperfeiçoamento, mas sim por uma licença que permite ao artista se reautorizar como pintor, pois isola a pintura para desfigurá‑la, sem hierarquia ou convenção de gosto. Desse modo, compreende uma visão mais polissêmica do que entendemos como pintura contemporânea. Cria ao modo do que preconiza Gilles Deleuze em “A lógica da sensação”, para tratar das obras de Francis Bacon, uma fuga em direção a uma forma pura, por abstração; ou em direção a um puro figural, por extração ou isolamento, obtido numa equação de tentativa e erro, própria do fazer artístico. Floresta Negra é um divisor de águas na poética de Anderson. Nela, ele amadurece, se encontra com sua família e seus filhos nos contos e fábulas dos irmãos Grimm, envolto na dualidade, no obscuro e o sombrio. Se no passado sua pintura tentava neutralizar a narração e a figuração, nesse momento as micronarrativas invadem o seu cotidiano traçando novas visões de futuro ou de afrofuturismos.”

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