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Breve histórico

A Galeria Theodoro Braga – GTB, criada através de decreto assinado pelo governador do Estado Aloysio Chaves no dia 11 de março de 1977, em comemoração ao seu segundo ano de mandato. A nova galeria, instalada aos fundos do Theatro da Paz, foi inaugurada no dia 15 de março daquele ano, com o objetivo de atender antigas demandas dos artistas e do público da cidade, necessitados há tempos de um espaço maior e mais adequado para as artes plásticas e, ao mesmo tempo, surgia como homenagem a um dos maiores artistas plásticos do Pará, Theodoro Braga. 

Galeria Theodoro Braga e a Fundação Cultural do Pará - 1986

A Galeria Theodoro Braga foi transferida para a Fundação Cultural Tancredo Neves, tendo como sua primeira exposição uma retrospectiva das obras do pintor paraense Leônidas Monte (1905-1970) e inaugurada em 27 de junho de 1986. Com uma área de 216 metros quadrados, a Galeria Theodoro Braga dispõe de duas sala de exposições, área administrativa, sala de acervo técnico, copa e sala de oficinas e palestras.

Desde sua inauguração, diversos artistas locais, nacionais e estrangeiros, entre veteranos e jovens criadores, expuseram trabalhos na Galeria Theodoro Braga. Profissionais como Emanuel franco, Sérgio Mello, Tadeu Lobato, Fafá Pinheiro, Nando Lima, Tamara Saré, Fabize Muinhos, Carmem Macêdo, George Venturieri, João Cirilo, Eliane Moura e Guilherme Teixeira, atuaram como gestores da Galeria ao longo desse período. Assim, a Galeria Theodoro Braga constitui-se como um dos mais importantes espaços de Arte Contemporânea do cenário artístico de Paraense, sua missão consiste em estudar, incentivar, dar visibilidade e difundir a arte paraense e brasileira, através de editais públicos que dão acesso aos recursos e fomentos de maneira democrática e igualitária.

Sobre o artista homenageado

Theodoro Braga

Theodoro José da Silva Braga (Belém, Pará, 1872 - São Paulo, São Paulo, 1953). Pintor, decorador, professor, caricaturista, historiador, crítico de arte. Forma-se pela Faculdade de Direito do Recife em 1893. Ao mesmo tempo, inicia estudos em arte com o pintor paisagista Jerônimo José Telles Jr. (1851-1914). Em 1894, transfere-se para o Rio de Janeiro e faz caricaturas para o Jornal do Commercio e a revista Vera Cruz. Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), e tem como professores Belmiro de Almeida (1858-1935) e Zeferino da Costa (1840-1915). Recebe o Prêmio de Viagem em 1899, estuda na Academia Julian em Paris entre 1900 e 1905, com os pintores Jean P. Laurens (1838-1921) e Benjamin J. Constant (1845-1902). Volta-se para a pintura histórica e artes decorativas. Regressa ao Rio em 1905, e realiza a primeira exposição individual, exibida, a seguir, em Recife e Belém. De volta ao Pará, cultiva o interesse por história e ciências naturais. Dedica-se ao estudo de motivos decorativos indígenas e da flora e fauna locais. A produção de Theodoro Braga estende-se pela pintura, decoração, ensino, crítica de arte. Extrapola o campo artístico, abrangendo a História e o folclore, que complementam seu interesse pela cultura amazônica. O interesse pelo folclore está a par com a importância dada à história. Em seus escritos sobre a história do Pará, enfatiza o papel do indígena na constituição da cultura local. A pintura Fundação da Cidade de Nossa Senhora de Belém (1908) apresenta a chegada da frota de Castelo Branco (1566-1619) à cidade. Em meio à cultura efervescente, propiciada pelo ciclo da borracha, a obra gera grande expectativa na elite local. Sua apresentação ocorre no Teatro da Paz, durante a comemoração do aniversário de seu encomendante, o intendente Antônio Lemos (1897-1911).